Como a estimulação cognitiva pode ajudar no tratamento e na prevenção de doenças neurodegenerativas
O número de casos de doenças neurodegenerativas, como demência e, principalmente, Alzheimer, é bastante crescente, como consequência do aumento da nossa expectativa de vida. O prolongamento da longevidade nem sempre é sinônimo de qualidade de vida, pois muitas pessoas que, apesar de fisicamente saudáveis, estão mentalmente incapazes de levar uma vida independente, ou pelo menos consciente.
Esses fatores levaram a comunidade científica a se debruçar sobre o tema das doenças neurodegenerativas e a procurar formas de prevenção, que vamos abordar neste blog post.
Doenças neurodegenerativas: existe escapatória?
Já está comprovado por meio de resultados de inúmeras pesquisas e artigos científicos, que a realização de exercício físico, de estimulação cognitiva e de alimentação saudável, contribuem significativamente na prevenção de doenças neurodegenerativas.
Sobre a estimulação cognitiva, podemos afirmar que tem, como meta, potencializar as habilidades cognitivas de um indivíduo, melhorando a memória, o foco, a concentração, a percepção visual e espacial e, ainda, promovendo a socialização.
Exercitar o cérebro, sim!
Vários métodos foram testados para comprovar a eficácia da melhoria da performance da memória e de outras habilidades cognitivas.
Das diversas pesquisas disponíveis na internet, podemos citar, como exemplo, a realizada pelo Seattle Longitudinal Study, que identificou idosos com declínio cognitivo devido a doenças neurodegenerativas, tanto no raciocínio lógico como na orientação espacial, e providenciou um programa de estimulação cognitiva de cinco horas orientado para desenvolver estas capacidades específicas. Dois terços dos participantes demonstraram uma melhoria de 40%, comparando com a situação base, medida quatorze anos antes. Este e outros estudos garantem a validade da estimulação cognitiva para essas habilidades específicas que normalmente declinam com a idade, mas são mais afetadas por doenças neurodegenerativas.
Estimulação cognitiva: sua melhor aliada
Com base em todos os estudos já realizados, podemos compreender que as conclusões apontam para o sucesso da estimulação cognitiva na prevenção de doenças neurodegenerativas, seja por meio do treino de domínios específicos, seja do treino global, por meio de intervenções coletivas, garantindo a saúde mental e consequentemente autonomia de vida.
Apesar de pouco popularizado aqui no Brasil, já encontramos diversas escolas de estimulação cognitiva com profissionais qualificados, que promovem ações de prevenção a doenças neurodegenerativas, como oficinas da memória, entre outros.