Alzheimer: recebi o diagnóstico, e agora?

Alzheimer: recebi o diagnóstico, e agora?

Quanto mais cedo for detectado o Alzheimer, maiores são as chances de melhorar as condições de saúde, expectativa de vida e manutenção da capacidade cognitiva para tomada de decisões do paciente e dos familiares.

Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, não tem cura e afeta 10% da população mundial com mais de 60 anos e 25% da população com mais de 85 anos, segundo dados da ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer.

O maior fator de risco para a doença é a idade. Ou seja, quanto mais velhos ficamos, mais propensos ao Alzheimer estamos. A forma precoce da doença também existe e se manifesta entre as idades de 30 e 60 anos. Em casos assim, mutações genéticas e condições hereditárias são as causas principais da enfermidade. A doença de Alzheimer é insidiosa e é classificada em estágios: leve, moderado e grave. Entre as consequências do problema, estão a redução progressiva da memória, além da capacidade de se comunicar, se orientar e de prestar atenção. Mas, o que todos devem ter em mente é que, ao receber o diagnóstico, o primeiro passo é entender o que é a Doença de Alzheimer, quais são as suas fases e quais mudanças e estratégias serão necessárias para minimizar os efeitos da doença e preservar pelo maior tempo possível a sua autonomia e independência. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor será o tratamento de sintomas que prejudicam a qualidade de vida dos pacientes e cuidadores, pois há formas de diminuir o avanço da doença.

Fui diagnosticado com Alzheimer: e agora?

O primeiro passo é compreender que deverão ser traçadas estratégias que preservem sua identidade e minimizem efeitos dos sintomas nas tarefas, funções e relacionamentos. Enumeramos algumas dicas que podem ajudar a manter o foco, se diagnosticado com Alzheimer:

1) Manter uma rotina definida e constante: isso irá auxiliar na sua orientação e diminuição da agitação e ansiedade. Um bom exemplo é fazer um plano diário ou semanal junto com sua família ou cuidador. Neste calendário, é importante incluir horários com atividades ao ar livre, como passeios e rotinas mais simples, além de horário para assistir televisão e consultas médicas etc. É fundamental respeitar o seu ritmo. Não ignore o cansaço. Evite programações extensas e, sempre que possível, faça pequenos intervalos. Mantenha o ambiente organizado para garantir que os itens que procura sejam encontrados. É importante que o espaço seja o mais calmo e organizado possível.

2) Seguir a prescrição médica: provavelmente seu neurologista ou geriatra irá prescrever medicamentos que equilibrem a química do cérebro, o que é importante para diminuir os sintomas e desacelerar o avanço da doença.

3) Realizar atividade física: se nunca fez, inicie agora. Escolha uma atividade que lhe dê prazer.

4) Faça estimulação cognitiva: a estimulação cognitiva é uma intervenção não farmacológica que está sendo cada vez mais utilizada e validada através de pesquisas científicas. Exercitar o cérebro promove ganho de reserva cognitiva, que protege e posterga o avanço da doença.

Essas combinações de ações vão desacelerar o declínio cognitivo e garantir a sua independência e autonomia por um longo tempo, mantendo a sua permanência no estágio leve da doença por anos, inclusive.

Por fim, o diagnóstico não é uma sentença. Tenha em mente que lidar com os sintomas é sempre uma tarefa difícil, porém, possível de ser realizada.

Aqui, na Escola de Estimulação, somos especialistas em estimulação cognitiva e podemos ajudar você a exercitar sua mente de forma contínua. 

2 comentários em “Alzheimer: recebi o diagnóstico, e agora?”

  1. Maria Angela Galvão

    Muito bom artigo, sucinto, claro e com base em dados científicos.
    Infelizmente, nem sempre o portador da doença vai ter a consciência de que a tem e, assim, não terá diretamente as informações aqui contidas. Entretanto, para os familiares são de extrema importância mesmo quando não podem ou não conseguem colocar em prática todas as orientações.
    Mas já há bastante o que fazer. Primeiramente, dar assistência e amor, cuidados e atenção ao idoso que atravessa essas fases no seu envelhecimento. Não menos importante, o acompanhamento médico e psicopedagógico especializado. E que Deus nos abençoe a todos nesse desafio de viver a realidade que se impõe.

    1. Equipe Estimulação

      Querida Angela, muito obrigada pelo seu feedback! Realmente é um processo muito difícil, tanto para o paciente quanto aos cuidadores familiares. Mas o importante mesmo é que se tenha muito amor, paciência e entendimento sobre como lidar com cada fase desse processo.

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