Esquecimentos frequentes podem ser sinal de cansaço e estresse temporário, mas se os episódios se tornarem recorrentes, é recomendado procurar um especialista
Memória é um tema que é comum a todos. Não importa se é no aspecto pessoal, acadêmico ou profissional, esquecimentos podem prejudicar a qualidade de vida de qualquer pessoa. Mais do que uma sensação de desconforto, o esquecimento provoca prejuízos e causa problemas para quem convive e para quem sofre com os lapsos de memória. Pensando nisso, hoje, nós queremos saber: como anda a sua memória?
Primeiramente, é preciso esclarecer que, eventualmente, apresentar alguns lapsos de memória não significa que você tenha um problema. Ao longo da vida, é comum que todos nós, em algum momento, tenhamos pequenos esquecimentos, como a data de aniversário de um colega de trabalho, onde estacionou o carro no shopping ou uma senha que não é usada com frequência.
É primordial que se observe a periodicidade com que esses episódios acontecem. Se eles acontecerem em momentos de muito cansaço ou estresse emocional, podem ser justificados, porém, se há algum tipo de comprometimento da qualidade de vida ou rendimento do trabalho, é preciso buscar ajuda. Abaixo, nós vamos listar alguns dos motivos mais frequentes para o surgimento dos problemas de memória.
Algumas causadas para problemas de memória
Ansiedade e estresse
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, ou seja, um dos países com maior número de pessoas com ansiedade.
Segundo a OMS, a maioria das vítimas do transtorno costumam apresentar lapsos de memória e falta de concentração.
Além da ansiedade, o estresse é outro grande causador da perda de memória. É comum que em situações de grande estresse, como um acidente, trauma ou mesmo uma prova importante, haja uma grande liberação de cortisol, o que pode afetar a memória a curto prazo. Em casos mais graves, pode chegar a atrofiar algumas regiões do cérebro, responsáveis pelo armazenamento de informações.
Medicamentos
O uso indiscriminado de remédios, principalmente os sedativos, calmantes e antidepressivos, podem afetar os esquecimentos a curto prazo e maiores problemas de memória a longo prazo.
Baixa qualidade do sono
A privação de sono afeta negativamente o sistema cognitivo. O ideal é dormir entre 6 e 8 horas por noite, mas você sabe o que acontece se esse mínimo não for respeitado? A pessoa pode apresentar maior irritabilidade e ansiedade, diminuição da resposta imunológica do corpo; surgimento de doenças, como a hipertensão, diabetes e obesidade, já que reduz o hormônio responsável pela saciedade (leptina) e estimula o hormônio que aumenta a fome (grelina).
Dormir mal também pode aumentar o nível do cortisol e dos hormônios relacionados ao estresse. Por fim, o cérebro passa a não ser capaz de reter algumas informações e frases, como “Onde foi que eu deixei tal coisa?” ou “Minha memória está ruim”, tornando-as frequentes.
Depressão
Uma das maiores e mais recorrentes causas de esquecimento, sobretudo entre jovens, a depressão é responsável pela redução de neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e noradrenalina, fundamentais para as funções cognitivas. Além disso, a depressão dificulta o planejamento e a execução de tarefas.
Como ter uma memória saudável?
Agora que você já conhece alguns causadores de problemas de memória, quando analisar como anda a sua, pode adotar alguns hábitos mais saudáveis e cuidados específicos para ter uma mente mais saudável. Entre eles:
- Cuide da saúde
Alimente-se bem, pratique atividades físicas e beba bastante água. Entenda que se o seu corpo estiver bem cuidado, a sua mente terá melhor capacidade de armazenar informações.
- Priorize seu descanso e relaxamento
Se a baixa qualidade do sono é um dos maiores vilões para o seu cérebro e, consequentemente, para sua memória, é preciso priorizar a qualidade do sono e do relaxamento. Se for possível, durma um pouco mais, pelo menos uma vez por semana. Tire algum tempo para lazer, seja em programas que envolvam encontros com os amigos e familiares, ou assistindo filmes e séries.
- Reforce seu aprendizado
Se algo é realmente importante, “mostre ao seu cérebro” que ele precisa memorizar. Para isso, esgote as possibilidades usando recursos visuais, explorando mapas mentais, gravações, anotações e repetições.
- Ajude no trabalho do seu cérebro
O cérebro humano é naturalmente preguiçoso, por isso, não permita que ele entre numa zona de conforto. Se houver predisposição para doenças neurodegenerativas que favoreçam a perda de memória, é fundamental que você se desafie. Faça atividades produtivas e que estimulem a criatividade. Saia da rotina e aprenda coisas novas.
- Adote uma agenda
As anotações podem auxiliar na memorização de compromissos, obrigações e tarefas importantes. Defina alarmes para conferir o que foi registrado para que nada seja esquecido.
Como a EstimulAção atua na atenção à memória
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