Estimulação cognitiva no tratamento contra depressão e ansiedade

Conheça as vantagens da estimulação cognitiva em pacientes diagnosticados com depressão e ansiedade

Diante de tantas mudanças, enxurradas de informações (muitas vezes contraditórias) e repentinas adaptações causadas pela pandemia que assolou o mundo, nossa mente, por vezes, não aguenta, sucumbe a todas essas pressões externas e acaba adoecendo, o que resulta em transtornos como ansiedade e depressão. Assim como a saúde física, nossa saúde mental necessita de cuidados e é importante reconhecer quando ela está debilitada para, então, tratá-la e preservar nossa qualidade de vida.

Para cuidar de nossa saúde mental, existem diversos métodos e, hoje, falaremos sobre um em especial, a estimulação cognitiva. Então, continue lendo e descubra as vantagens e benefícios desse tratamento para pessoas que desenvolvem ansiedade e/ou depressão e precisam de ajuda.

Reconhecendo os sintomas

Apesar da saúde mental ser um tópico que, atualmente, vem se popularizando em discussões casuais e profissionais, ainda é necessário um pouco mais de atenção na hora de falarmos sobre os transtornos que podem afetar as mentes mais vulneráveis. Porque, diferentemente de doenças que afetam nosso corpo de maneira física, os sintomas de transtornos mentais são muitas vezes emocionais, o que torna sua identificação uma tarefa mais árdua. 

Portanto, é necessário estar atento aos sinais. Sintomas como apatia, problemas de concentração, angústia, sensação de vazio e irritabilidade podem indicar um quadro depressivo, enquanto sintomas como nervosismo constante, preocupação exagerada e pressentimentos negativos podem ser sinais de uma ansiedade. Apesar dos sintomas, em sua maioria, serem emocionais e de difícil identificação, ansiosos e depressivos, por vezes, também demonstram sintomas físicos, como dores no corpo, fadiga, dores de cabeça e tensão muscular.

Entendendo os transtornos

Antes de falarmos sobre os tratamentos, é necessário entendermos os transtornos e como eles atuam em nosso corpo e, mais precisamente, em nossa mente. A depressão pode ser reconhecida em pessoas que se sentem profundamente tristes, desanimadas e com baixa autoestima com frequência. É importante ressaltar que o sentimento de tristeza, causado por certo motivo, não é patológico, e é normal ficarmos alguns dias nos sentindo entristecidos, principalmente quando situações como o fim de um relacionamento, a morte de uma pessoa próxima ou a perda de emprego ocorrem em nossas vidas. No entanto, a linha entre tristeza momentânea e depressão é muito tênue.

Assim como a tristeza, a ansiedade é um sentimento inerente ao ser humano. Sentimos ansiedade quando realizamos uma tarefa importante, quando tentamos algo pela primeira vez, quando nos comunicamos com pessoas desconhecidas ou até mesmo em momentos de felicidade, como quando mal podemos esperar por uma viagem especial ou a chegada de alguém importante para nós. No entanto, em algumas pessoas, a ansiedade pode se tornar patológica, dando início, assim, a um ciclo sem fim de angústia, nervosismo e preocupação exagerada. Assim como a depressão, reconhecer a ansiedade como um transtorno patológico ainda é uma tarefa difícil por conta de seus sintomas e, principalmente, quando somos nós os afetados pelo transtorno. 

O papel da estimulação cognitiva

O papel, de maneira geral, da estimulação cognitiva é capacitar indivíduos a conviver, lidar, reduzir e superar deficiências cognitivas, além de valorizar os desejos pessoais e histórias de vida de cada paciente para que, assim, haja uma melhora na qualidade de vida de cada um deles. A estimulação cognitiva ocorre por meio de exercícios variados, que visam melhorar o funcionamento do cérebro. As atividades cognitivas incluem a memorização de palavras, a procura de diferenças entre imagens, a realização de quebra-cabeças, entre outros. Portanto, podemos concluir que a estimulação cognitiva atua diretamente nos mecanismos ligados ao processo adaptativo do cérebro, melhorando seu funcionamento e a recepção de pressões externas, que, se processadas de maneira incorreta, podem acabar gerando problemas e transtornos mentais mais tarde.

Entenda como a estimulação cognitiva ajuda no tratamento da ansiedade e depressão

A estimulação cognitiva promove diversas atividades e discussões, que visam a aquisição da melhoria geral do funcionamento cognitivo e social dos pacientes. Desta maneira, podemos dizer que o envolvimento em atividades que promovem a estimulação cognitiva e um estilo de vida mais ativo socialmente desenvolvem um efeito positivo na cognição e na possibilidade de proteger nosso cérebro dos declínios cognitivos e das consequências geradas pelo desenvolvimento da depressão e da ansiedade. 

Atividades grupais promovidas pela estimulação cognitiva provocam a diminuição nos sintomas de ansiedade, porque proporcionam aos pacientes espaços em que se sentem valorizados e estimulados a estabelecer e alcançar novas metas, a fazer novas amizades e a ampliar seus conhecimentos. As atividades cognitivas grupais permitem também a interação social dos pacientes e é um dos principais fatores que favorecem a melhora dos sintomas depressivos e ansiosos. Ao participar de atividades cognitivas, os pacientes aumentam a sua rede de relações sociais, fortalecem vínculos e compartilham experiências, além de também fortalecerem a mente para o período de mudanças e constantes adaptações que vivemos hoje.

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